“Play” estreia em BH

28 setembro 2010

Teatro Dom Silvério, há 15 anos em cartaz para você apresenta: “Play – sobre Sexo, Mentiras e Videotape”, com Maria Maya e Sérgio Marone. Peça estará em cartaz nos dias 01 e 02 de outubro

Indicado ao Prêmio Shell e APTR de Melhor Texto e inspirado no filme “Sexo, mentiras e videotape”, do nova-iorquino Steven Sodebergh, o espetáculo “Play – sobre Sexo, Mentiras e Videotape”, chega a Belo Horizonte na programação que comemora os 15 anos do Teatro Dom Silvério. Além de Maria Maya e Sérgio Marone, a peça tem no elenco Daniela Galli e Rodrigo Nogueira, que também assina o texto. A direção é de Ivan Sugahara. “Play” estará em cartaz nos dia 01 e 02 de outubro, (sexta-feira e sábado), às 21 horas.

Divertida, a peça aproveita a narrativa do filme, onde um triângulo amoroso é abalado com a chegada de um quarto personagem. No palco, Ana (Daniela Galli), Carla (Maria Maya) e César (Rodrigo Nogueira) reproduzem a relação passional: César é casado com a reprimida Ana, mas trai a mulher com a sensual cunhada Carla. Mas Sérgio (Sérgio Marone), amigo de César, chega e desestabiliza as relações. Se no filme de Soderbergh Sérgio era um homem que gravava mulheres por não conseguir mais manter relações sexuais, em “Play” ele grava mulheres por ser um artista que está fazendo um filme sobre “sexo, mentiras e videotape”, que acaba se confundindo com a realidade dos personagens.
Com livre inspiração no filme, que ficou conhecido por trazer uma nova linguagem para o cinema, a peça “Play” também inova na linguagem. A montagem recorre à utilização de cenas em vídeo e projeções sobre a cena e filmagem em tempo real. Em cena, seis vídeos são exibidos num telão: duas atrizes, duas mulheres anônimas e as personagens Ana e Carla relatam momentos de intimidade que tiveram em suas vidas. O que se vê é uma linguagem fragmentada e uma constante variação entre verdade e mentira, que cria um jogo instigante entre palco e platéia, teatro e realidade.
Sobre a direção
Ivan Sugahara foi diretor artístico do Teatro Café Pequeno e hoje é diretor da companhia teatral Os Desequilibrados. Nela, dirigiu e concebeu 12 espetáculos. Entre eles destacam-se “Bonitinha, mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues (2001), e “Memória Afetiva de um Amor Esquecido”, de Rosyane Trotta (indicado aos prêmios Shell 2008 – de Melhor Direção e Atriz – e Qualidade Brasil 2008). Trabalhou como assistente de direção em várias montagens, dentre as quais se destaca “Happy New Lear” – adaptação de Rei Lear de William Shakespeare, com direção de Celina Sodré (1999).

Sobre o autor
Rodrigo Nogueira é autor de “Entropia”, de “Ainda bem que foi agora” e “Os Incentes”, escritos ao lado de Júlia Spadaccini, e ainda de “tempo. Depois”, peça dirigida por Alessandra Colasanti. Fez também a adaptação de “O Silvano”, de Anton Tchekov, e “O nome e as coisas”, ambas com direção de Jefferson Miranda. Em televisão, trabalhou como roteirista colaborador da novela “Bela, a Feia” na TV Record.

Como ator, trabalhou em montagens teatrais como “A Falecida”, com direção de João Fonseca, e “A casa da madrinha”, direção de Herson Capri. Em cinema, atuou nos longas “Bonitinha, mas Ordinária” (Moacyr Góes) e nas produções internacionais “Gringos do Rio” (de Jonathan Nossiter com Charlotte Rampling) e “Locked Up”, de Kim Jones. Em televisão participou de diversos programas e novelas como Sítio do Pica-Pau Amarelo (TV Globo), Paraíso Tropical (TV Globo), A Lei e o Crime (TV Record).

Sobre o elenco
Daniela Galli
Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela PUC Campinas, e também cursou a Technische Universiteit em Delft, Holanda. Atuou como cenógrafa de espetáculos teatrais em produções da Broadway, Off-Broadway, Royal Court Theatre, em Londres. Trabalhou nas novelas “Páginas da Vida” e “Paraíso Tropical” na Rede Globo, no seriado da HBO “Mandrake”, ao lado de Marcos Palmeira. Na Rede Record, atuou na novela Poder Paralelo, de Lauro César Muniz e está no elenco da novela “Ribeirão do Tempo, de Marcílio Moraes. No cinema, gravou curtas em Nova Iorque, participou de longas como “Malú de Bicicleta”, de Flávio Tambellini e filmará “O Que Seria Se Fosse”, com Leopoldo Pacheco.

Maria Maya
Formada em Artes Cênicas pela UNIRIO, atuou em “A menina e o Vento” de Maria Clara Machado; “Do outro lado da Tarde” de Caio F.Abreu, como atriz e produtora; “Não Existem níveis seguros pra o consumo destas substâncias”, de Daniela Pereira de Carvalho, ganhando o prêmio Eletrobrás 2006 de teatro, categoria Melhor Texto. Como atriz e produtora, “Modelos para a(r)mar”, direção de Jefferson Miranda no Festival Rio Cena Contemporânea de Teatro, e “Yolanda”, direção de Ernesto Piccolo. Atualmente, além de “Play”, está em cartaz com o espetáculo “Loba de Ray-Ban”, direção de José Possi Neto. Em televisão atuou em “Cara e Coroa”, “Salsa e Merengue”, “Hilda Furacão”, “Quinto dos Infernos”, “A Muralha”, “Chocolate com Pimenta”, “Senhora do Destino”, “Cobras e Lagartos” e seu trabalho mais recente foi em “Caminho das Índias”.

Sérgio Marone
O ator fez oficinas com o Grupo TAPA, em São Paulo, e também cursos com Bob Corf e Sal Landi, em Los Angeles. No teatro estreou em “O Santo Parto”, de Lauro Cezar Muniz. Atuou também em “Escravas do Amor”; “Farsa” com textos de Tchekov, Cervantes, Moliére, Martins Pena e direção de Luis Arthur Nunes. Todas as montagens citadas foram indicadas ao Prêmio Shell. Em televisão seu trabalho mais recente foi na novela “Caras e Bocas”, como o personagem Nick. Também atuou em ‘Paraíso Tropical’, ‘Cobras & Lagartos’, ‘Como Uma Onda’, ‘Malhação’, ‘O Clone’, ‘Estrela-Guia’, ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’ e no seriado ‘Casos e Acasos’, todos da Rede Globo. No cinema, atuou em ‘Sonhos de Desejos’ e ‘O Dono do Mar’.

Teatro Dom Silvério
Tradicional por abrigar eventos diversificados, o Teatro Dom Silvério chega aos seus 15 anos como referência cultural em Belo Horizonte. E, para comemorar, foi criada a programação Teatro Dom Silvério – Há 15 anos em cartaz para você, com uma variedade de atrações que se estendem até o final do ano. A temporada inclui espetáculos teatrais e musicais para as mais diversas preferências e faixa etárias, promoções e homenagens a artistas mineiros.

Serviço
Data/horário: 01 de 02 de outubro (sexta-feira e sábado), às 21 horas
Local: Teatro Dom Silvério (av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – Savassi)
Classificação: 14 anos
Duração: 70 minutos
Preços: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)
Informações: www.chevrolethallbh.com.br | 31 3209-8989