Como expandir sem interferir no planejamento arquitetônico de BH?

18 fevereiro 2011

O arquiteto Oscar Ferreira fala sobre algumas diretrizes que devem ser tomadas para que a capital não perca sua identidade

Belo Horizonte, 18 de fevereiro de 2011 – Moldada pela beleza natural da Serra do Curral, Belo Horizonte foi uma das primeiras capitais planejadas do Brasil. O clima agradável, as ruas arborizadas e as belas paisagens já colocaram a cidade como a metrópole que possui a melhor qualidade de vida da América Latina, segundo o Population Crisis Commitee, da ONU. Contudo, a capital de Minas Gerais expandiu-se e abandonou o conceito de planejamento moderno, defendido por Aarão Reis entre 1894 e 1897. As ruas cortadas por avenidas em diagonal, os quarteirões regulares e a Avenida do Contorno, que delimitam seu espaço, apontam hoje, 113 anos depois, questões a serem discutidas acerca de seu projeto arquitetônico, que interfere diretamente na beleza e no funcionamento da cidade.

O plano de construção de BH agregava tradições urbanas européias e americanas do século XIX, inspirado no modelo das cidades mais modernas do mundo, como Paris e Washington, com o objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século. Porém, o plano embasava conceitos de sua época. Para tentar suportar o crescimento, foram adequados novos planos diretores e novas diretrizes que acabaram por mudar o desenho da capital, como afirma o arquiteto Oscar Ferreira. “A última integração foi desastrosa em muitos aspectos”, diz, sobre a Lei do Uso e Ocupação do Solo.

De acordo com Oscar Ferreira, Belo Horizonte precisa verticalizar-se para crescer, caso contrário, não comportará o número de habitantes e levará os moradores a se instalarem em áreas de difícil acesso. “Precisam permitir a construção de prédios em locais onde as pessoas querem morar. Construir 300 edifícios em uma região que não oferece acesso a ônibus ou a metrô não adianta”, explica.

O novo plano diretor, sancionado em julho de 2010, propõe reduzir o adensamento urbano da cidade, visando um crescimento demográfico planejado. Mas para isso, os andares dos prédios e o espaço para a construção de apartamentos ficarão menores, obrigando as construtoras, na maioria das vezes, a abrirem mão da construção de varandas, áreas comuns ou garagens.

Trânsito de cada dia

Oscar aponta também melhorias possíveis na qualidade de vida do belo-horizontino. A começar pelo trânsito, que atualmente está caótico. É necessário criar ciclovias, incentivar os transportes alternativos, como as bicicletas, e investir no transporte público. Soluções como a duplicação da Avenida Antônio Carlos é um exemplo a ser seguido, de acordo com ele. Além de gerar empregos e movimentar o comércio, a obra proporcionou fluidez ao trânsito. O viaduto da Lagoinha também facilitou o acesso aos bairros da região. “A Antônio Carlos parece outra cidade, não Belo Horizonte. Levaram mais de 50 anos para colocar em prática esse projeto de duplicação. Falta ainda estender para outras vias importantes, como a Amazonas e o Anel Rodoviário”, finaliza.

Serviço:
Como expandir sem interferir no planejamento arquitetônico de BH?
Arquitetura Oscar Ferreira
Local: Rua Tomé de Souza, 631, Savassi
Telefone: (31) 3221-3074

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